M&A não começa na venda. Começa na forma como a empresa é liderada.
- eunicemarques3
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Porque as empresas que criam mais valor pensam o ciclo muito antes da transação

M&A não começa na venda. Começa na forma como a empresa é liderada.
Durante muito tempo, M&A foi tratado como um momento:quando vender, quando comprar, quando negociar. Essa lógica está ultrapassada.
Hoje, o valor não se decide na mesa de negociação.Decide-se muito antes — na forma como a empresa é estruturada, liderada e preparada para o ciclo seguinte.
É por isso que empresas com resultados semelhantes chegam ao mercado com destinos tão diferentes.
O mercado não avalia números. Avalia capacidade de futuro.
Resultados históricos são apenas o ponto de partida.O que verdadeiramente diferencia uma empresa é a sua capacidade de continuar a criar valor depois da transação.
Investidores avaliam perguntas como:
A empresa depende excessivamente de uma pessoa?
A estratégia é clara ou reativa?
Existe liderança preparada para o próximo ciclo?
A estrutura de capital acompanha a ambição?
Quando estas respostas não são evidentes, o desconto surge — silenciosamente.
O erro mais comum: confundir bom desempenho com boa preparação
Muitas empresas acreditam que crescer resolve tudo.
Não resolve.
Crescimento sem estrutura aumenta risco.
Resultados sem governação aumentam dependência.
Escala sem liderança reduz opcionalidade.
É por isso que o pico de valor raramente coincide com o pico operacional. Quando os números parecem “perfeitos”, o mercado já está a olhar para o que falta.
Antecipar o ciclo é uma decisão de liderança
As empresas que criam mais valor não esperam pelo “momento certo”. Elas preparam-se para vários cenários.
Trabalham antecipadamente:
sucessão e liderança
governação e reporting
estratégia de crescimento
posicionamento para capital
alinhamento entre acionistas e gestão
Quando o mercado acelera, essas empresas não reagem.
Estão prontas.
M&A como consequência, não como objetivo
As melhores transações são consequência de decisões bem tomadas ao longo do tempo — não de pressa no final.
Quando M&A é visto como um processo estratégico contínuo:
as opções aumentam
o poder negocial cresce
o risco diminui
o valor torna-se sustentável
É aqui que se separa quem participa no mercado de quem o lidera.
O futuro pertence a quem começa antes
O mercado português está a mudar rapidamente. Consolidação, capital internacional e profissionalização vão acelerar.
As empresas que se destacam não são as que perguntam “quando vender?”.São as que perguntam “como devemos estar estruturados se o mercado nos bater à porta?”.
Essa diferença é estratégica.
E é aí que o valor começa.
Quem lidera o ciclo não reage — antecipa-o.




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