Antes de vender, é preciso transformar: o que as empresas de sucesso fazem 12 meses antes do M&A
- eunicemarques3
- há 10 horas
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As empresas que mais valorizam o seu negócio começam a preparar o M&A muito antes da decisão de vender
Em Portugal, cada vez mais empresas estão a ser abordadas por investidores — fundos, grupos estratégicos ou family offices — interessados em expandir através de aquisições.Mas há uma diferença clara entre as empresas que vendem bem e as que apenas conseguem vender: a preparação.
Enquanto algumas se apressam a responder ao interesse do mercado, outras antecipam o movimento e passam meses — por vezes anos — a preparar-se para que o momento da transação seja uma consequência natural de um processo bem desenhado.
E são estas as que maximizam valor.
1. O erro mais comum: confundir timing com preparação
Receber uma proposta não é o sinal de que chegou o momento certo para vender — é o sinal de que alguém viu potencial antes de si.
Muitos empresários acreditam que devem esperar “pelo auge” ou “pelo momento certo”.O problema é que esse auge raramente é visível enquanto se está a liderar o negócio no dia a dia.
O verdadeiro diferencial está na preparação prévia: em estruturar processos, dados e equipa para que a empresa esteja pronta quando a oportunidade surgir.Quem chega preparado, negocia de uma posição de força. Quem não chega, aceita o que o mercado dita.
2. O que fazem as empresas que vendem bem
As empresas que alcançam valor máximo numa transação têm algo em comum: tratam o processo de M&A como parte da estratégia de crescimento, não como um evento isolado.
Nos 12 meses que antecedem uma operação, é comum ver estas iniciativas:
Clarificação dos drivers de valor: margens, rentabilidade, clientes-chave, pipeline comercial e ativos intangíveis.
Alinhamento estratégico: visão clara, posicionamento definido e plano de crescimento coerente.
Reforço de reporting financeiro: demonstrações transparentes e ajustadas, que reduzem incertezas na due diligence.
Governance e sucessão: menos dependência do fundador, equipas autónomas e estruturas de decisão mais sólidas.
Gestão de riscos e “red flags”: resolver questões jurídicas, fiscais ou contratuais antes de o comprador as descobrir.
Esta preparação não é apenas operacional — é estratégica.Transforma a empresa numa oportunidade atrativa, previsível e escalável.
3. O papel da assessoria certa
Uma assessoria de M&A eficaz não entra quando a empresa já decidiu vender.Entra quando a empresa começa a preparar-se para poder escolher vender bem.
É nesta fase que se cria valor:
na definição da estratégia de saída,
na identificação dos potenciais compradores,
e na construção de um equity story sólido, que mostra o futuro da empresa e não apenas o seu passado.
O objetivo é simples: controlar a narrativa e o processo, em vez de ser controlado por ele.
4. O resultado: vender no momento certo, mas preparado
O segredo não está em adivinhar o pico do mercado — está em estar pronto quando ele chegar.Empresas preparadas atraem mais interesse, geram competição entre compradores e, inevitavelmente, atingem melhores condições e avaliações.
Quando a venda é o resultado de uma transformação planeada, não de uma decisão apressada, o valor reflete isso.
Conclusão
O mercado português vai continuar ativo e seletivo nos próximos anos.A diferença entre quem lidera e quem segue vai estar, cada vez mais, na capacidade de antecipar, estruturar e preparar.
Na Fingeste, apoiamos líderes e acionistas nesta fase crucial — ajudando a transformar empresas em ativos de valor, prontos para atrair o investidor certo, no momento certo.
Fale connosco e descubra como preparar a sua empresa para ser uma história de sucesso — não apenas uma transação.
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